UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E
EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA DA
COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA:
Avaliação de Aprendizagem
PROFESSOR:
Joseval Miranda
Aluno:
Jefferson Guanabara Azevedo de Lemos
LUCKESI,
Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário.
In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação
da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2011, p. 67-72.
O
texto em si refere-se as dificuldades que se enfrentam os educadores no tocante
a transferência do ato de examinar para o ato de avaliar. Pois se tratando
nesta transferência de conceitos caímos em algumas questões que dificultam
nessa mudança, e podemos assim apresenta-las: o contexto histórico, o modelo
burguês de sociedade e a repetição do que nos foi imposto durante nossa
história como aluno agora como professor.
Partindo do âmbito histórico e sua
influência em nossas escolas e em como avaliamos nossos estudantes, podemos
denotar que o exame em si tem todo um contexto histórico que vem desde a
introdução do ensino pelos jesuítas. Essa forma de examinar os estudantes é
antiga e está arraigada ainda hoje dentro de muitas instituições de ensino, que
a veem como forma de classificar os estudantes em grau de aprendizagem por
aplicação de exames periódicos.
Já no contexto da sociedade como
ponto de oposição a nova forma que de avaliar que propõe no texto, está no
conceito de selecionar “estudantes” de acordo com classes e gêneros sociais. O
exame no ponto de vista da sociedade burguesa tem a selecionar aqueles que mais
se adaptam a forma como é organizada a metodologia de ensino em nossas escolas.
E do ponto de vista que nós como
educadores estamos, da mesma forma como fomos examinados, examinando os
educandos dentro de sala de aula. Mesmo que de forma inconsciente, praticamos
tudo o que repudiávamos enquanto educandos. A forma como tratamos o ensino-aprendizagem
e a obtenção e avaliação de construção dos conhecimentos de nossos educandos,
não difere em nada que nos foi imposto em nossa história como educandos.
Tudo
isso dificulta a transição de exame para avaliar e como precisamos desconstruir
todas essas dificuldades. A conversão desses conceitos não ocorre de forma
imediata, mas é algo que necessitamos de fato realizar. Pensando no crescimento
da forma de ensinar nossos educandos, diagnosticando qualquer debilidade no
ensino e propiciando a correção da forma de ensinar dentro da sala de aula.
Portanto, o que podemos avaliar no
texto é que temos muitas objeções que dificultam a mudança na pratica do exame
para a pratica de avaliar no âmbito escolar. Todo o contexto histórico, social
e pessoal no caso de nós como educadores interferindo nessa mudança de prática.
Mas é algo que necessita acontecer, mesmo que demande tempo. Os educandos
merecem uma forma de avaliar de modo que possam suprir suas deficiências e
adquirir os conhecimentos mínimos necessários e ser avaliado de forma mais
completa.