quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Síntese do texto: Uma Polêmica em relação ao exame.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA: Avaliação de Aprendizagem
PROFESSOR: Joseval Miranda
Aluno: Jefferson Guanabara Azevedo de Lemos

BARRIGA, Angel Diaz. Uma polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p. 51-82
O texto utiliza o termo “exame” como um efeito para concepção sobre a aprendizagem e não como um motor para transformar o ensino. Essa falsa proposição de que um melhor sistema de exame acarretará em um melhor sistema de ensino, como se a modificação de um afetasse diretamente no outro.
A princípio o texto nos apresenta a evolução da prática do exame, no contexto da história pedagógica. Porém, como o próprio texto fala, essa nova pedagogia voltada ao sistema de exame criou mais problemas para educação do que resolveu.
Na nova política educativa ocorre uma redução de investimentos orçamentários para a educação, a ordem é “fazer mais com menos”. Vê-se o exame como instrumento para o reconhecimento de um conhecimento, mas que o exame não indica o nível de aprendizado e de saber de um sujeito.
Naturalmente pensa-se em examinar os alunos depois de uma aula de a saber se eles detêm ou adquiriram o conhecimento apresentado. Em termos gerais espera-se que através do exame se obtenha o um conhecimento “objetivo” sobre o saber de cada estudante. Sabendo-se que o exame é só um instrumento e ele não pode resolver os problemas gerados por outras instâncias sociais.
O texto apresenta três hipóteses de inversões uma que converte os problemas sociais em pedagógicos, outra que converte os problemas metodológicos em de rendimento, e uma que reduz os problemas teóricos da educação ao âmbito técnico da avaliação.
A primeira inversão, diz que “uma das funções atribuídas ao exame é determinar se um sujeito pode ser promovido de uma série para a outra”. Tratando os problemas sociais em problemas técnicos, a primeira inversão se caracteriza por usar o exame como forma de seleção de classes sociais.
Já a segunda inversão, fala sobre os problemas metodológicos a problemas de rendimento. O exame só é permitido aos alunos que apresentam estar seguros em obter êxito no mesmo, para mostrar a competência que se havia adquirido. Neste ponto o exame deixa de ser um aspecto de método ligado à aprendizagem, mas apenas na certificação.
Na terceira inversão, vê o exame como um problema de controle cientifico. O termo exame será substituído por teste. O teste é considerado como instrumento válido e objetivo para determinar uma infinidade de fatores psicológicos de um indivíduo. A ideia de que testes objetivos podem ajudar aos psicólogos e educadores a determinar se uma pessoa pode ou não ser promovida ou ocupar um determinado posto.
Um debate em relação ao exame se converteu em um debate mais técnico, centrado em problemas como: a construção de provas, tipos de provas, validação estatística do exame e atribuição estatística de notas.

Portanto, a discussão por trás do texto, mostra todo um debate sobre o exame e como usá-lo como instrumento para selecionar, entre os educandos, os que estão mais capacitados para ser promovidos seja no âmbito escolar ou no âmbito profissional. Toda essa discussão sobre o exame, nos mostra que ele é só mais um instrumento de avaliação, mas não pode ser considerado como forma de avaliação para determinar se o educando obteve o conhecimento mínimo ensinado em sala de aula.

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