UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E
EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA DA
COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA:
Avaliação de Aprendizagem
PROFESSOR:
Joseval Miranda
Aluno:
Jefferson Guanabara Azevedo de Lemos
BARRIGA,
Angel Diaz. Uma polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.).
Escola, currículo e avaliação: uma
prática em busca de novos sentidos. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p.
51-82
O
texto utiliza o termo “exame” como um efeito para concepção sobre a
aprendizagem e não como um motor para transformar o ensino. Essa falsa
proposição de que um melhor sistema de exame acarretará em um melhor sistema de
ensino, como se a modificação de um afetasse diretamente no outro.
A
princípio o texto nos apresenta a evolução da prática do exame, no contexto da
história pedagógica. Porém, como o próprio texto fala, essa nova pedagogia
voltada ao sistema de exame criou mais problemas para educação do que resolveu.
Na
nova política educativa ocorre uma redução de investimentos orçamentários para
a educação, a ordem é “fazer mais com menos”. Vê-se o exame como instrumento
para o reconhecimento de um conhecimento, mas que o exame não indica o nível de
aprendizado e de saber de um sujeito.
Naturalmente
pensa-se em examinar os alunos depois de uma aula de a saber se eles detêm ou
adquiriram o conhecimento apresentado. Em termos gerais espera-se que através
do exame se obtenha o um conhecimento “objetivo” sobre o saber de cada
estudante. Sabendo-se que o exame é só um instrumento e ele não pode resolver
os problemas gerados por outras instâncias sociais.
O
texto apresenta três hipóteses de inversões uma que converte os problemas
sociais em pedagógicos, outra que converte os problemas metodológicos em de
rendimento, e uma que reduz os problemas teóricos da educação ao âmbito técnico
da avaliação.
A
primeira inversão, diz que “uma das funções atribuídas ao exame é determinar se
um sujeito pode ser promovido de uma série para a outra”. Tratando os problemas
sociais em problemas técnicos, a primeira inversão se caracteriza por usar o
exame como forma de seleção de classes sociais.
Já
a segunda inversão, fala sobre os problemas metodológicos a problemas de
rendimento. O exame só é permitido aos alunos que apresentam estar seguros em
obter êxito no mesmo, para mostrar a competência que se havia adquirido. Neste
ponto o exame deixa de ser um aspecto de método ligado à aprendizagem, mas
apenas na certificação.
Na
terceira inversão, vê o exame como um problema de controle cientifico. O termo
exame será substituído por teste. O teste é considerado como instrumento válido
e objetivo para determinar uma infinidade de fatores psicológicos de um
indivíduo. A ideia de que testes objetivos podem ajudar aos psicólogos e educadores
a determinar se uma pessoa pode ou não ser promovida ou ocupar um determinado
posto.
Um
debate em relação ao exame se converteu em um debate mais técnico, centrado em
problemas como: a construção de provas, tipos de provas, validação estatística
do exame e atribuição estatística de notas.
Portanto,
a discussão por trás do texto, mostra todo um debate sobre o exame e como
usá-lo como instrumento para selecionar, entre os educandos, os que estão mais
capacitados para ser promovidos seja no âmbito escolar ou no âmbito
profissional. Toda essa discussão sobre o exame, nos mostra que ele é só mais
um instrumento de avaliação, mas não pode ser considerado como forma de
avaliação para determinar se o educando obteve o conhecimento mínimo ensinado
em sala de aula.
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